segunda-feira, 11 de março de 2013

A refinada arte de ouvir

Quando a Western Union solicitou a Thomas Edison que “estipulasse seu preço” para a máquina perfuradora de fita que ele inventara, Edison pediu alguns dias para pensar no assunto. Sua esposa sugeriu 20 mil dólares, mas ele considerou essa quantia exorbitante. 

No dia combinado ele compareceu à reunião ainda incerto sobre o preço de seu invento. Quando o presidente da mesa lhe perguntou quanto queria pelo invento, ele tentou dizer 20 mil dólares, mas as palavras não saíram de sua boca. O presidente finalmente quebrou o silêncio e perguntou: - Que tal 100 mil?

Geralmente, o silêncio permite que outras pessoas digam algo melhor do que nós diríamos.

(...)

Uma anedota contava que uma mulher queixou-se de que estava ficando gripada e seu marido levou-a ao médico. O medico imediatamente colocou um termômetro na boca da mulher e disse:
- Fique sentada ali por cinco minutos, sem se mexer. A mulher obedeceu.

O marido ficou surpreso e fascinado. Quando o médico retornou para a sala de exames, o marido apontou entusiasmado para o termômetro e disse:
- Doutor, quanto o senhor quer por ele?

Ouvir é uma arte refinada e que deve ser cultivada como parte de nossa personalidade. Aqueles que têm habilidade para ouvir são pessoas de grande valor.

Se você é um bom ouvinte, perceberá que atrai os outros. Os amigos confiam em você e as suas amizades se aprofundam. (...) As pessoas que não escutam são chatas, não parecem interessadas por ninguém, a não ser por elas mesmas.
Escutar é um elogio porque é dizer para a outra pessoa: “Eu me importo com o que está lhe acontecendo, a sua vida e sua experiência são importantes”.

Assim como Thomas Edison, você também pode tirar proveito do silêncio.

DEUS COSTUMA USAR

Deus costuma usar a solidão
Para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes, usa a raiva para que possamos
Compreender o infinito valor da paz.
Outras vezes usa o tédio, quando quer
nos mostrar a importância da aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar
sobre a responsabilidade do que dizemos.
Às vezes usa o cansaço, para que possamos
Compreender o valor do despertar.
Outras vezes usa a doença, quando quer
Nos mostrar a importância da saúde.
Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar a andar sobre a água.
Às vezes, usa a terra, para que possamos
Compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte, quando quer
Nos mostrar a importância da vida.
Paulo Coelho

A FORÇA DOS PEQUENOS


Um dia o leão reuniu os animais da floresta.
Ordem do Leão: todos os animais, de qualquer gênero, de qualquer espécie e tamanho, devem reconhecer o leão como rei. Ouviu-se um murmúrio geral, depois uma pequena voz se fez ouvir. Era a porta-voz das formigas guerreiras.

- Nós não aceitamos. Os nossos antepassados nos deram uma rainha e nós obedecemos somente às suas ordens!

O leão, com um rugido furioso, respondeu:

- Tereis a vossa punição!

Em seguida todos se dispersaram. No fim da tarde, os filhos do leão caçaram um porquinho e o esconderam numa moita. Enquanto foram convidar o chefe para banquetear-se com o porquinho, as formigas se reuniram tão numerosas que cobriram a savana. Devoraram o porquinho e se dispuseram em ordem de guerra.  Ao pôr do sol o leão chegou majestoso com sua família. Então o exército das formigas entrou em ação. Os insetos caíram aos montes das ervas e das folhas ou subiam pelas pernas dos azarados. Os ferrões atacaram no focinho, nas orelhas, nos olhos, nas narinas...

Os leões, rugindo de dor, jogavam-se ás cegas contra as plantas, rolavam no chão... inutilmente.

Na manhã seguinte, um abutre, passando em vôo rasante, viu ali a ossada da família que havia pretendido impor-se sem efeito como rei absoluto de todos os animais.

A lição foi fácil: os poderosos nunca devem desprezar a força dos pequeno unidos.

Conto Africano