quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Afinal, o que devemos fazer?

Tem dias em que parece que nada dá certo. Tem períodos na vida em que os problemas se avolumam, as dores acontecem com mais freqüência. Tem instante em que o desespero e a angústia parecem encobrir o sol de nossa vida.

Temos vontade de desistir, de parar, de se deixar levar pela dor e pelo sofrimento. Sentimo-nos meio vazios e despedaçados por dentro.

Mas será que precisa ser assim?

A resposta é não. Não precisa ser assim!

Mas afinal, o que devemos fazer?

O que devemos fazer é mudar nossa atitude mental. Aquilo que descrevemos nos dois primeiros parágrafos, nada mais são do que os sintomas de nosso fluxo mental desregulado e desintonizado das freqüências sadias do bem e do amor.

Problemas, preocupações e dores são comuns e rotineiros em nossa vida, e todos nos defrontaremos com isso, não há como evitar no nosso atual estágio evolutivo. O roteiro de nossa evolução nos fará “topar” com obstáculos, muitos dos quais nós mesmos plantamos em nosso caminho.

O que não é normal, e não está correto, é se entregar aos problemas, às dores e aos obstáculos. Afinal, eles fazem parte de nosso aprendizado, e estão aí para serem superados. E temos a certeza de que Deus não nos da uma cruz maior do que a podemos, devemos, merecemos e precisamos carregar.

O aprendizado, em nossa jornada terrena, exige de nós que enfrentemos os obstáculos com coragem, discernimento, aprendendo com eles, transformando-os em oportunidades de crescimento, de praticar o bem, de treinar a paciência, a coragem, a caridade, o amor.

A dor, por si só, não regenera, não purifica, não resgata. O que provoca crescimento, evolução, renovação é a pratica das virtudes cristãs, apesar da dor e do sofrimento. Cresce espiritualmente quem pratica o bem, o amor e a caridade em todos os momentos da vida, especialmente naqueles em que a dor e o sofrimento nos visitam.

A infinita justiça e bondade de nosso Pai Celestial colocaram ao nosso dispor um incrível mecanismo de ajuda, para enfrentarmos os problemas da jornada terrena: a Prece e a sintonia com o Plano Maior.

Não importa a dor e o sofrimento que nos aguarda. Se sintonizarmos verdadeiramente com o alto, através da oração, da prece e principalmente da prática do bem, do amor e da caridade, estabelecemos um fluxo mental e energético com as forças maiores, que provêm de Deus. Essas forças, essas energias, esses eflúvios, são o bálsamo lenitivo, o consolo dos aflitos, a esperança, o farol no meio da tempestade, indicando o porto seguro.

Com a mente elevada, com o fluxo mental regulado e sintonizado com as forças superiores e divinas, enfrentamos as dores e as provações com confiança, com coragem e com discernimento. Os problemas não serão afastados, mas teremos lucidez para enfrentá-los. Os obstáculos não desaparecerão, mas encontraremos as forças necessárias para superá-los.

O que devemos fazer, afinal, sempre que nos deparamos com os momentos difíceis, com as situações angustiosas e perturbadoras, é buscar o lenitivo do trabalho edificante em prol de nossos semelhantes, é buscar a prática da caridade e do amor ao próximo, é exercitar a paciência, a abnegação, a tolerância, é manter o pensamento elevado e em construção constante no bem, é vigiar para que não nos deixemos levar pelos pensamentos infelizes, destruidores ou angustiantes, é orar com sinceridade e fé.

Temos que ter a certeza e a confiança no Auxílio Divino. Ele está a nossa disposição, nós é que normalmente não sabemos utilizá-lo em nosso benefício e em benefício de nossos semelhantes.

Não há remédio melhor, nem mais poderoso do que a sintonia com as vibrações do Plano maior. Não há remédio mais justo, pois está ao alcance de todos, mas só se serve dele aqueles que querem e merecem por quererem verdadeiramente. Não há remédio mais adequado, pois nos permite fazer a nossa própria travessia, nos caminhos que nós mesmos escolhemos, mas nos dando a rota segura. Não há remédio que mais fortifique, pois exige de nós o exercício, o treino constante no bem, ao mesmo tempo em que repõe nossas energias para enfrentar a nossa maratona terrestre.

Afinal, que devemos fazer?

Temos apenas que escolher o que queremos para nós.

C. A. Parchen

Nenhum comentário:

Postar um comentário