Tem dias em
que parece que nada dá certo. Tem períodos na vida em que os problemas se
avolumam, as dores acontecem com mais freqüência. Tem instante em que o
desespero e a angústia parecem encobrir o sol de nossa vida.
Temos vontade de desistir, de
parar, de se deixar levar pela dor e pelo sofrimento. Sentimo-nos meio vazios e
despedaçados por dentro.
Mas será que precisa ser assim?
A resposta é não. Não precisa ser
assim!
Mas afinal, o que devemos fazer?
O que devemos fazer é mudar nossa
atitude mental. Aquilo que descrevemos nos dois primeiros parágrafos, nada mais
são do que os sintomas de nosso fluxo mental desregulado e desintonizado das freqüências
sadias do bem e do amor.
Problemas, preocupações e dores
são comuns e rotineiros em nossa vida, e todos nos defrontaremos com isso, não
há como evitar no nosso atual estágio evolutivo. O roteiro de nossa evolução
nos fará “topar” com obstáculos, muitos dos quais nós mesmos plantamos em nosso
caminho.
O que não é normal, e não está
correto, é se entregar aos problemas, às dores e aos obstáculos. Afinal, eles
fazem parte de nosso aprendizado, e estão aí para serem superados. E temos a
certeza de que Deus não nos da uma cruz maior do que a podemos, devemos,
merecemos e precisamos carregar.
O aprendizado, em nossa jornada
terrena, exige de nós que enfrentemos os obstáculos com coragem, discernimento,
aprendendo com eles, transformando-os em oportunidades de crescimento, de
praticar o bem, de treinar a paciência, a coragem, a caridade, o amor.
A dor, por si só, não regenera,
não purifica, não resgata. O que provoca crescimento, evolução, renovação é a
pratica das virtudes cristãs, apesar da dor e do sofrimento. Cresce
espiritualmente quem pratica o bem, o amor e a caridade em todos os momentos da
vida, especialmente naqueles em que a dor e o sofrimento nos visitam.
A infinita justiça e bondade de
nosso Pai Celestial colocaram ao nosso dispor um incrível mecanismo de ajuda,
para enfrentarmos os problemas da jornada terrena: a Prece e a sintonia com o
Plano Maior.
Não importa a
dor e o sofrimento que nos aguarda. Se sintonizarmos verdadeiramente com o
alto, através da oração, da prece e principalmente da prática do bem, do amor e
da caridade, estabelecemos um fluxo mental e energético com as forças maiores,
que provêm de Deus. Essas forças, essas energias, esses eflúvios, são o bálsamo
lenitivo, o consolo dos aflitos, a esperança, o farol no meio da tempestade,
indicando o porto seguro.
Com a mente elevada, com o fluxo
mental regulado e sintonizado com as forças superiores e divinas, enfrentamos
as dores e as provações com confiança, com coragem e com discernimento. Os
problemas não serão afastados, mas teremos lucidez para enfrentá-los. Os
obstáculos não desaparecerão, mas encontraremos as forças necessárias para
superá-los.
O que devemos fazer, afinal,
sempre que nos deparamos com os momentos difíceis, com as situações angustiosas
e perturbadoras, é buscar o lenitivo do trabalho edificante em prol de nossos
semelhantes, é buscar a prática da caridade e do amor ao próximo, é exercitar a
paciência, a abnegação, a tolerância, é manter o pensamento elevado e em
construção constante no bem, é vigiar para que não nos deixemos levar pelos
pensamentos infelizes, destruidores ou angustiantes, é orar com sinceridade e
fé.
Temos que ter a certeza e a
confiança no Auxílio Divino. Ele está a nossa disposição, nós é que normalmente
não sabemos utilizá-lo em nosso benefício e em benefício de nossos semelhantes.
Não há remédio melhor, nem mais
poderoso do que a sintonia com as vibrações do Plano maior. Não há remédio mais
justo, pois está ao alcance de todos, mas só se serve dele aqueles que querem e
merecem por quererem verdadeiramente. Não há remédio mais adequado, pois nos
permite fazer a nossa própria travessia, nos caminhos que nós mesmos
escolhemos, mas nos dando a rota segura. Não há remédio que mais fortifique,
pois exige de nós o exercício, o treino constante no bem, ao mesmo tempo em que
repõe nossas energias para enfrentar a nossa maratona terrestre.
Afinal, que devemos fazer?
Temos apenas que escolher o que
queremos para nós.
C. A. Parchen
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